quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Escrevo pouco sobre você.
Sobre a gente.
Estamos vivendo esse platô do amor há tanto tempo que as palavras muitas vezes me escapam.
Porque me rendo à poesia da rotina.
Acordar antes de você, escutar a sua respiração, me alegrar quando ouço seus passos. 
A pausa que você faz, me entreolhando, só para tirar de mim um dos muitos sorrisos do meu dia.
Parar o que estou fazendo, a qualquer tempo, só para te abraçar.
Às vezes, nem te espero chegar. Te invado e te inundo de beijos, mesmo quando você ainda está sonolento...

E esses são apenas os nossos primeiros minutos...

Te flagro enquanto trabalho. Olho para você, tão distraído, e me distraio.
Quero saber o que você está assistindo. Peço para que aumente o volume, só para dividir mais esse momento contigo.

E nos alternamos para fazer o café da manhã.

Depois do fim do meu trabalho, corro logo pro seu lado, para aproveitar mais um pouco antes da sua saída.
Às vezes, nem falo nada.
Aquela paz de saber que você está ali.
Porque tudo fica vazio no segundo em que você atravessa a porta.
Tudo é nada quando você não está aqui.

Parece loucura me sentir assim. 
Uma década de amor que não se esgota, que permanece, que se renova.
Entre erros e acertos.
Entre conquistas e perdas.
Entre sorrisos e lágrimas.

É a esperança que eu tenho ao dormir, sabendo que ao acordar é você quem eu vou encontrar.
É o sono reparador que eu só tenho quando me aninho no seu peito.
É assistir a Vale Tudo ou a uma partida do Flamengo.
São as pequenas grandes coisas que me dão sentido.
Para recomeçar.
Para agradecer todos os dias.

Porque amar você é o meu propósito de vida.




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