Felicidade é, no meio do nosso beijo, o sorriso dele encontrar o meu.
terça-feira, 31 de maio de 2016
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Para não esquecer
Que eu não pare, mesmo quando pareço estar no mesmo lugar
Que eu não deixe de absorver a beleza de tudo o que me rodeia
Que eu não acostume o meu olhar
A vida é movimento. O caminho só se traça ao andar.
Que eu não desista. Se os meus pés ficarem cansados, que eu pare; que eu recupere o fôlego e saiba continuar
segunda-feira, 23 de maio de 2016
A gente tratou de embelezar o sofrimento, como se fosse uma tulipa regada com choro, cultivada à base de lágrimas.
Mãos abraçando joelhos, solidão no canto escuro da sala, enquanto mastigávamos silêncios. Deixamos a dor doer calada.
A gente enfeitou o amor. Purpurina, confetes e serpentina. Carnaval repentino: invadiu, bagunçou. Do pouco que restou, ficaram as cinzas. A chama apagou.
Enquanto a água molha os meus cabelos, me entrego à tristeza.
Sinto nossas mãos dadas. Sinto o cheiro no travesseiro. Sinto angústia no peito. Sinto a sua falta.
Você escorre pelos meus dedos, quanto mais tento contê-lo, mais você se esvai. Logo percebo: o amor acaba.
Te deixo ir- o "para sempre" não é tão definitivo quanto o "nunca mais".
Jaz aqui a tulipa do que fomos um dia.
Que descanse em paz.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
segunda-feira, 9 de maio de 2016
"Que coisa maravilhosa, exclamar. Que mundo maravilhoso, exclamar.
Como tudo é tão belo e tão cheio de encantos!
Olhar para todos os lados, olhar para as coisas mais pequenas,
E descobrir em todas uma razão de beleza.
Agradecer a Deus, que a gente ainda não sabe amar direito,
A harmonia que a gente sente, vê e ouve.
A beleza que a gente vê saindo das rosas; a dor saindo das feridas.
Agradecer tanta coisa que a gente não pode acreditar que esteja acontecendo."
(Manoel de Barros in Poesia Completa)
quarta-feira, 4 de maio de 2016
terça-feira, 3 de maio de 2016
Carrego comigo a vontade irremediável de ser pássaro - a tal liberdade de escolher um canto e mudar, num voo, toda trajetória.
Tenho essa necessidade irrefreável de não parar. O movimento me é inerente, como respirar. Antes eu me rendia ao medo, não sei porquê. O medo paralisa a gente sem que se possa compreender.
Trago comigo um bocado de anseios. Quero ser e estar na vastidão do mundo, do meu jeito. Sou nômade, mutável, eremita. Sozinha, mergulho no que há de mais profundo, desbravo tudo. Aprendi a me ter. Fiz de mim meu porto, meu refúgio. Deixo marcados meus passos, abandono caminhos, mudo minha alma de casa.
E insisto em sonhar, sempre: desenhei nas costas um par de asas.
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