sábado, 5 de novembro de 2022

Há 4 anos eu estava desolada. Lembro até hoje da sensação de impotência, do sentimento de dissociação, como se tudo ao redor fosse imaginário, pois o que estava acontecendo à minha volta parecia impossível. Um pesadelo sem igual.

E chegou domingo. Dia 30, aniversário de Amandinha.
E toda a frustração, raiva, luto e desesperança deram lugar a uma luz que até então parecia esmaecida.
Uma centelha.
Que ficou mais forte, vibrante, vermelha.

Aos poucos, todo o cinza desses dias foi tomando cor, criando vida.

Senti a tristeza ser expurgada do meu corpo, que foi inundado de alegria genuína.

Eu me senti, novamente, pertencente a um país que rejeita a violência e a mentira.

E que acredita num futuro próspero, amoroso, diverso e humano. Que torce, que se comove, que vibra.

Um Brasil, então sufocado, que enfim respira aliviado.

Um Brasil que inspira.







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