Eu tinha 12 anos e era proibida de cortar o cabelo.
E, por não poder ir ao cabeleireiro, passei eu mesma a cortá-lo.
Primeiro, apenas as pontas.
Depois, fui cortando mais e mais.
Até arriscar a franja.
Parece uma besteira, mas esse foi o meu primeiro grande ato de coragem.
Guardava os restos mortais numa caixa de lembranças.
Minhas medalhas.
A gente não pode se curvar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário