terça-feira, 30 de julho de 2019

Os dias cinzas vem sendo um fardo pra quem tem um pé no passado. A nostalgia grita. Dá vontade de desacelerar alguns passos.

O futuro parece cada vez mais incerto. E pesado. Falta leveza.
A esperança quase se perde na rotina, é muito difícil encontrar qualquer resquício de beleza.

No teatro, antes mesmo do espetáculo, sem qualquer cerimônia, comecei a chorar. 

Ainda estou aqui, sou vulnerável, a sensibilidade não me envergonha. Sou grata por não ter embrutecido, viver não vale nada se não nos deixamos tocar.

Aos tropeços, enxugo as lágrimas e busco todos os dias algo que faça sentido, algo que me motive a continuar.
Insisto em fazer poesia porque há vida e não podemos parar.

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