terça-feira, 30 de outubro de 2018

Todo dia eu choro um pouco.
Às vezes é de raiva, desespero, medo.
Dá uma dor no coração, um aperto no peito
Voz que quer falar, gritar
Mas não sabe se dá jeito
Porque tudo em volta insiste em calar

Um nó na garganta que machuca
Não desata
Só me rasga e sangra
Mas que eu não quero manter preso
Porque me impede de respirar

De vez em quando as lágrimas vem sem esse peso
Pois apesar de tudo o que vejo
Há um resquício qualquer de tolerância
Tento me apegar com força a ela
Ao muito pouco que resta
Porque ainda não perdi a esperança.

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