A responsabilidade de um ano novo, de experiências inéditas e outras tentativas é uma dádiva concedida a nós todos os dias. Mas isso só tem sentido quando a mudança é por dentro. A nossa essência é íntima e sagrada demais. Só diz respeito a nós mesmos. Não merece ser exposta.
Tenho pena de quem vive uma vida de aparências, que tenta forçar relações, que mente sobre si mesmo por vergonha ou medo, já que o tempo passou depressa demais e sua vida se resume a uma exposição desenfreada de fingimentos, de inveja e de tentativas (malsucedidas) de contaminar os outros com suas frustrações e tristezas. Tenho pena de quem tenta destruir o outro em vez de juntar os cacos e recomeçar. Tenho pena de quem acredita que pode ser feliz às custas do sofrimento alheio.
A essas pessoas eu ofereço a minha mais genuína e verdadeira alegria.
Graças a Deus aprendi a me reservar e cada escolha que tenho feito me dá a dimensão real de quem eu sou, com erros e acertos. Minha vida está longe de ser vazia, porque dou a ela significado, cor e poesia. Prefiro cuidar das palavras, da minha casa, da minha alma. Prefiro viver a minha realidade em vez de capturar os momentos em fotografias.
Todo dia é ano novo, contagem regressiva. O fim é inevitável, mas o que importa mesmo é a jornada. Estou viva, sou inundada de amor e escandalosamente feliz.
O que eu tenho ME basta.