quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"Tudo aos poucos vira dia e a vida - ah, a vida - pode ser medo e mel quando você se entrega e vê, mesmo de longe.
Não, não quero nem preciso nada se você me tocar. Estendo a mão.

Depois suspiro, gelado.

E te abandono."

(Caio F. in Os Dragões Não Conhecem o Paraíso)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ontem

Mas é óbvio que busco a construção diária de novas histórias. Olho nos olhos de quem me olha para extrair alguma lembrança perdida, algum combustível para uma ideia, um pedaço com o qual eu teça retalhos. A escrita é detalhada: a palavra, encantada. Não suporto desperdícios. Sinto calor e quero o mar, o sal na pele, fogo em labaredas, brasa a queimar, chamas acesas. Os dias são quentes, há que se aproveitar. Nunca rejeitei bebidas, tomo o sol com sede, me sacia. E é com vontades irremediáveis que faço poesia.

*

O que te escrevo agora é silêncio.
Para mudar acolho a inspiração e teço linhas bonitas junto com a paisagem. O agora é minha estação. Agradeço por hoje. E por todos os dias que virão.

*

E eu faço preces diárias para que haja felicidade. Pra mim, pra você, pra que todos sejam contaminados com sorrisos. Sei que é difícil, de vez em quando a gente tropeça na melancolia, na tristeza ou na saudade e dá de cara no chão. Mas garanto que é fácil se reerguer quando alguém te dá a mão. E eu sou feliz porque minhas mãos estão entrelaçadas. Quando sobra amizade, garanto, nada falta.

(Em 15/11/2013)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sol(idão)




Há sóis comigo: estou bem acompanhada.

(Em 25/10/2013)

Domingos

Aprendi a respeitar os domingos e todos os vazios que trazem consigo. Compartilho o meu olhar lânguido e quase sempre sonolento com o pôr-do-sol insuspeitado do dia, tão característico. Há algo de diferente no domingo. Aprendi a compreender a nostalgia típica, os silêncios e os abismos. Gosto um pouco mais dos domingos: eles se parecem muito comigo.

(Em 03/11/2013)