Mas é óbvio que busco a
construção diária de novas histórias. Olho nos olhos de quem me olha para
extrair alguma lembrança perdida, algum combustível para uma ideia, um pedaço
com o qual eu teça retalhos. A escrita é detalhada: a palavra, encantada. Não suporto
desperdícios. Sinto calor e quero o mar, o sal na pele, fogo em labaredas,
brasa a queimar, chamas acesas. Os dias são quentes, há que se aproveitar.
Nunca rejeitei bebidas, tomo o sol com sede, me sacia. E é com vontades
irremediáveis que faço poesia.
*
O que te escrevo agora é silêncio.
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