sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ontem

Mas é óbvio que busco a construção diária de novas histórias. Olho nos olhos de quem me olha para extrair alguma lembrança perdida, algum combustível para uma ideia, um pedaço com o qual eu teça retalhos. A escrita é detalhada: a palavra, encantada. Não suporto desperdícios. Sinto calor e quero o mar, o sal na pele, fogo em labaredas, brasa a queimar, chamas acesas. Os dias são quentes, há que se aproveitar. Nunca rejeitei bebidas, tomo o sol com sede, me sacia. E é com vontades irremediáveis que faço poesia.

*

O que te escrevo agora é silêncio.

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