O vento me ajuda a andar. Balança os galhos das árvores numa despedida do inverno. Faz frio nos dias de setembro. Ouço ruídos através dos vidros, às vezes pressinto que todas as paredes vão desmoronar. A gosto. Estamos deixando muito para trás. Transição, dê boas vindas à nova estação: prima ver o que há. Caminho pelo tapete de folhas espalhadas pelo chão. Não ouso acender um cigarro nessa cidade-solidão, tenho andado muito distraída, pode ser que eu deixe escapar pelos meus dedos as cinzas. Resquícios do que pegou fogo um dia. E apagou em vão.
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