Ó, coração dilacerado
Desde sempre mal acostumado
A pôr em versos toda dor e desespero
Quando, cara a cara com o espelho,
Mal me sustento, mal me reconheço.
O rosto refletido é o único companheiro
Um mero desconhecido, apenas estrangeiro
Não, eu escrevo como forma de paz
Nenhuma rima seria capaz
de transformar a angústia em poesia
Porque, honestamente,
Não há nada de belo na melancolia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário