quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Longo Dezembro


"A long December and there's reason to believe  
Maybe this year will be better than the last."

Mais um ano que passou
Nem lembro a última vez que fiz as contas
Dos dias desperdiçados, das lágrimas derramadas
Com ou sem propósito de ser.
Pensar que haverá mais um ano inteiro
Fazer planos, fazer dar certo
Errar algumas (muitas) vezes
E ao fim do próximo ano tentar esquecer.

Há a redenção e novas chances
Possibilidades infinitas de mudanças
Fazer uma lista de principais desejos
Amor, paz, saúde, dinheiro
Essas palavras repetidas e espalhadas em cartões
Que, muitas vezes, não tem significado algum.

Se eu pudesse pedir alguma coisa,
pediria paciência para tolerar a hipocrisia;
força para lutar contra o que há de errado;
e a chance de que todas as pessoas desse mundo
tivessem, verdadeiramente, um FELIZ NATAL.

Que não seja banalizado, embora tenha se perdido a essência do seu significado, que haja bons motivos de celebração, e que hoje, bem como todos os dias do ano, seja um dia propício para que se esbanje amor. Todos nós precisamos disso, seja qual for a estação (aproveitemos, enquanto é verão!).

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sobre respeito.

"Lutar com palavras
é a luta mais vã."
(Carlos Drummond de Andrade)

 
Respeito. Palavra simples de resultados grandiosos. Quando há respeito, não falta nada. Você pode discordar de alguém, não aprovar determinada conduta, mas agir respeitosamente é o mínimo que se pode exigir.

Falo isso pois o respeito (ou a falta dele) tem sido recorrente em minha rotina. Desde o 'bom dia' até as mais diversas faltas. De caráter, de educação, de senso, de personalidade.

Dentre as minhas experiências mais recentes com o tema, posso citar o episódio em que fui banida de uma comunidade no Orkut pelo simples fato de expor minha opinião, sem agredir ninguém, fazendo uso da argumentação e levantando sempre a bandeira do respeito. Incoerente, não? Começaram a questionar minhas convicções religiosas, minha opção sexual e partiram para a agressão verbal e pessoal. Excluíram meus posts, e um dos membros com o qual eu debatia incansavelmente pediu ao moderador que me banisse. Parece que ele se cansou de argumentar...O assunto debatido: a aprovação da Lei que criminaliza a homofobia, lei essa à qual sou absolutamente favorável.

Deixo as reflexões para depois.

O último episódio, gota que faltava para que eu transbordasse, foi de plágio, não apenas das postagens do meu blog, mas também de depoimentos que fiz para o meu namorado no Orkut. O pior, a pessoa modificou alguns trechos, não fez menção alguma à autoria e não teve a consideração de perguntar se poderia copiar ou algo do tipo. A melhor parte de todas: essa pessoa é muito próxima a mim...E, há quase 2 horas, perdi meu tempo ao tentar convencê-la de que isso é abominável, que não tolero isso, pedindo que ela excluísse ou ao menos atribuísse o crédito a quem é devido. Dei com os burros n'água. 

Confesso que estou irada, para não dizer algo pior, pois eu imaginava que as pessoas tinham consideração e, obviamente, respeito com o próximo. Mas não é o caso. Entretanto,episódios como esses não me farão embrutecer. A tarefa de fazer do mundo um lugar mais pacífico e melhor de se viver, embora árdua, não me cansará. 

Eu não desisto facilmente.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

9- O Eremita




  • Fase de maturação que se iniciou aos 9 anos: aprendeu as coisas cedo;
  • Falta do pai (afetivamente) ou pai muito rígido;
  • Respeite o tempo: tudo tem sua hora e momento certo;
  • Não seja turrão(ona) consigo mesmo(a): saiba ceder;
  • Gosta de esclarecer todas as dúvidas;
  • Receio da escassez;
  • Sentimento de impotência frente a determinados desafios emocionais;
  • Desejo de ficar sozinho(a) diante de uma dificuldade;
  • Necessidade de morar sozinho(a) ou não estar preso(a) a nada;
  • Dificuldades quanto a cursos e estudos no passado: não conseguiu fazer o que realmente queria;
  • Cuidado com a frieza e distanciamento;
  • Consegue (reivindica) o que quer de pessoas bem mais velhas;
  • Não seja intransigente;
  • Cuidado com as manias de querer resultados à sua maneira;
  • Devagar e sempre;
  • Evite o ceticismo ou pragmatismo;
  • Respeito às leis e princípios humanos;
  • Não se limite em hipótese alguma;
  • Fertilidade baixa;
  • Cuidado com os ossos, cabeça e aparelho digestivo (também radicais livres);
  • Longevidade;
  • Capacidade de orientar;
  • Não tente conseguir as coisas através de "atalhos" em Vida;
  • Gosto afetivo por pessoas mais velhas ou muito maduras;
  • Interesse por história ou eventos passados;
  • Seja solícita sempre;
  • Não seja cabeça-dura;
  • Parte de sua missão é ajudar pessoas idosas;
  • Afeto por avô ou avó (vínculo afetivo forte e atuante);
  • Não se fixe demais em casa;
  • Seja ponderada, tenha bom-senso;
  • Não se acomode;
  • Sua vida mudará (materialmente pra melhor) principalmente depois dos 45 anos;
  • Estimule-se praticando atividades físicas;
  • Gosto por pedras (cristais), objetos antigos ou relógios (e mesmo souvenirs);
  • Saiba esperar.
P.S.: Sim, eu acredito em astrologia, Deus, espírito, arcano, acaso, destino. Todas essas coisas que fogem do concreto, que são inteligíveis...e muitas vezes são as mais certas.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A carta que você não me escreveu

(Ela não me foi endereçada
E sinto falta.)

Falta da espera ansiosa pela chegada do carteiro;
do frio na barriga de encontrá-la ali, entre contas e propostas;
da alegria e do receio em abri-la.
Colocando o envelope contra a luz
Adivinhando o que você escreveria.

Quais palavras eu encontraria no papel?
Declarações infinitas de amor?
Você sequer me concedeu respostas.
Eis -me aqui,  lamentando a minha dor.

Pensei na possibilidade de extravio
Com alguém minha carta estaria
Bem sei que isso é pura ilusão
Versos a mim dedicados...?

Você nem ao menos fez questão.

Não adianta mais palavras desperdiçar...
A carta que você não me escreveu
Sinalizou o que há muito eu sabia
Enquanto eu imaginava tantas formas de carinho
Você me esquecia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

À Primeira Vista


A garota entrara no ônibus com pressa, ele já iria partir. Procurou um lugar mais a frente. Não achou. Pediu licença e sentou-se ao lado daquele rapaz que, com um sorriso nos lábios, respondera: - Toda!
Ficaram silentes durante boa parte do percurso, até que ela perguntou: - Posso deitar no teu ombro?. Ele não disse nada em resposta, apenas se aproximou e ela compreendeu. Encostou lentamente seu rosto no pescoço dele e sua respiração se acalmou. Poucos minutos se passaram sem que notassem, o ponto dele já estava próximo. Ele se afastou, olhou para ela e perguntou: - Como posso te encontrar?. Ela o olhou confusa e disse: Para quê? Você nem ao menos sabe meu nome. Ele respondeu: - Você descansou em meu ombro sem saber nada sobre mim. Simplesmente pediu e eu deixei. A questão é: eu não quero que qualquer um se apoie em mim. Se um dia eu precisar quero que seja você quem deite em meu ombro...E eu sei que vou precisar.
Ela não respondeu nada. Ele se levantou, pediu licença e foi percorrendo o ônibus até a porta de saída. Em seu íntimo, ela ansiava por aquele olhar desconhecido e intrigante. Ele correspondeu ao correr seus olhos pelas janelas buscando os olhos dela. Ao se encontrarem os olhares se amaram. Amor à primeira vista.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Qual é a sua melhor escolha?


Amar é sempre uma boa escolha. Quem ama sabe dos seus efeitos na pele, no corpo, no coração. O amor é o melhor elixir que existe. Amor aos amigos, à natureza, à família, àquele cujo vocativo também é AMOR.

Amor é signo e significado. O amor dá sentido e cor aos nossos dias. O amor é aquele toque de poesia que nos inspira. O amor embeleza a nossa vida.


P.S.: Texto enviado para o Concurso Cultural da Dove.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As mudanças e o amor


Engraçado. Já ouvi tantas vezes tantas pessoas falarem: 'Ahh, fulano começou a namorar e sumiu, nunca mais deu as caras'.Ou então: 'Esse garoto mudou demais depois que conheceu aquela menina. Nem parece a mesma pessoa de antes'.
Nem parece e nem será a mesma pessoa de antes.
A gente corta o cabelo, muda a armação dos óculos, põe aparelho, emagrece, engorda, mas a mudança mais comentada é a que acontece lá no lado esquerdo do peito. Não poderia ser de outro jeito. Gostar de alguém é fazer uma reforma geral dentro da gente. É desorganizar tudo, jogar fora as inutilidades, fazer uma boa limpeza, purificar a alma. A mudança é constante; a cada relacionamento novo há essa reciclagem: mantemos o que vale a pena e partimos em busca de novas tranformações.
E há a tal felicidade. Que muda o nosso dia inteiro, que faz com que encontremos beleza naquilo que nossos olhos eram incapazes de enxergar. Existe melhor lupa que o amor?
Portanto, as ausências e inconstâncias dos nossos devem ser entendidas. Não é culpa dos amantes.

Não é bem a gente que muda...O amor muda a gente.


terça-feira, 14 de julho de 2009

Estações.

Ao vento que sopra e leva tudo embora.
Vento que passa e deixa marcas.
Ora brisa, ora furacão.
Sempre inconstante, em eterna mutação.


Como os cabelos emaranhados da menina
Como algumas (poucas) folhas caídas
Multicoloridas, enfeitam o chão.


Chão que piso dia a dia
E repouso meus pés andarilhos
Muito confusos, estão perdidos
Trôpegos ao caminhar.


Imploro ao vento:
'Leve-me com você
Sou instável, puro ar.
Onde eu trague a liberdade de uma vez só
E respire sem dor, sem dó

Eis aí o meu lugar.
Quero a leveza de mudar o mundo
Transformar, bagunçar tudo
E nada falar.'

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Arcádia (porque o simples basta)


Eu quero me casar com você
Ter nossa casa, nosso lar, nosso abrigo
Ter filhos iguaizinhos a nós dois,
Que se perturbem e sejam grandes amigos.

Eu quero me casar com você
Amanhecer e anoitecer sempre ao seu lado
Passar pelos dias tendo a certeza e a alegria
De que jamais ficaremos separados.

Eu quero me casar com você
Sentir para sempre a presença e o amor
Que inspira toda a minha poesia
Bem mais que ontem, muito mais do que hoje
Por toda a nossa vida.


domingo, 5 de abril de 2009

Aos que passeiam por aqui falo, até para mim mesma, com uma certa vergonha e remorso...Não tenho sido assídua na postagem de alguns versos, algumas palavras, por conta do remoto acesso à rede, uma vez que sem ela fica inviável deixar um registro por aqui.

Por um lado está sendo bom; tenho escrito algumas coisas nas últimas folhas do meu caderno, tenho usado o lápis, a caneta, e esse contato, me fazia falta.

Por outro lado, já criei esse acervo. MEU acervo. Egoísta, individual e MEU. Meu, meu, meu.

Nada me deixa tão feliz quanto essa aproximação com a linguagem, com o poder ser, mesmo que eu nem seja.

Portanto, estou tentando também me convencer...logo estarei de volta. Espero que melhor e mais firme nesse intento belo e difícil que é poetizar a vida.

A literatura é o que há de mais magnífico na vida, pois transforma a tristeza, a alegria, e até mesmo as mazelas do dia a dia na mais bela poesia.

Fica o recado.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval

Talvez pareça estranho aos que leem (assim, sem acento...¬¬), dizer que sou carioca da gema e que não sou muito fã de Carnaval.

Pois é, das datas comemorativas e feriados que nos proporcionam um sossego das tarefas cotidianas, o Carnaval, a festa que mostra o Brasil para o mundo, é a que menos me atrai.

Nunca me fantasiei, saí em apenas um bloco de rua (aos 11 anos, num desfile do Ensino Fundamental), nunca fui a uma micareta. Esse misto de suor, alegria em demasia, fantasias e mulheres quase nuas sambando por aí não me fascinava. Assisto alguns desses desfiles transmitidos diretamente da Marquês de Sapucaí pela TV e tive a oportunidade de, pela primeira vez e coincidentemente, ver o desfile completo da escola vencedora desse ano: Salgueiro. E confesso que, apesar de não saber muito sobre alegorias, rainhas de bateria e comissões de frente, vibrei com a cultura viva que me foi passada através do samba, da simbologia, da raiz do povo brasileiro. Achei tudo muito bonito, muito colorido, muito festivo, muito BRASILEIRO.

Apesar de algumas coisas insuportáveis, como pessoas urinando (entre outras coisas...) pelas ruas, lixo e mais lixo pelas calçadas, sujeira e uma certa desordem, confesso que apesar de não ter posto o pé fora de casa, aproveitei um pouquinho da essência carnavalesca que nos ronda em semanas como essa. Mesmo sem gostar, você acaba se encantando com a criatividade, com a entrega das pessoas para em cerca de uma hora e meia sentirem o coração bater mais rápido a cada som da bateria, e se sentirem vivos ao colocarem um adorno e saírem por aí, sambando, rindo, alegrando a todos ao passarem pela avenida.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Amigos: sempre uma boa lembrança

Bom, hoje eu estou doente e em dias assim fico um pouco mais sensível e bobinha! Não sei ao certo o porquê, mas eu comecei a lembrar de algumas coisas legais que aconteceram comigo, sobretudo na presença dos meus amigos, alguns distantes, outros próximos, mas que de algum modo fazem falta a cada dia da minha vida. Por mais que digam o contrário, para mim amigos são insubstituíveis, a importância deles na nossa caminhada é ímpar. E, por estar assim saudosa, vou postar um texto que fiz há quase 2 anos...=O
Mas que reflete exatamente o que ainda sinto.



Vamos tentar consertar uma besteira que em geral as pessoas fazem...A gente não pode perder uma oportunidade de melhorar algo à nossa volta...A distância, o mal entendido, as palavras ditas na hora errada, não podem acabar com o que há de precioso na vida das pessoas:a verdadeira amizade. Os bons momentos, as alegrias, as tristezas, dores, decepções, quedas, as bagunças e festas não são apagadas assim. Nunca! Espero que seja a chance de reutilizar os esforços, não de recomeçar...Porque o recomeço demanda o esquecimento de coisas boas e coisas boas é que mais temos para lembrar...Estaremos sempre próximos...porque a amizade ainda é grande....o amor também!


Saudades dos meus amigos!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Algo sobre estrelas


A importância que as estrelas têm na literatura, na minha opinião, é algo sublime.

Google Imagens


Digo isso pois elas se tornaram sinônimos de dois grandes sentimentos, talvez os mais importantes: AMOR e AMIZADE. Esses singelos pontinhos brilhantes, que transmitem beleza e encanto, simbolizaram maravilhosamente o nosso estado de espírito diante do encontro com tais sensações. Vários autores as usaram como objeto de comparacão com o ser amado ou com o amigo.



"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" (Saint - Exupéry)



Exupéry cita as estrelas como veículo de aproximação entre dois amigos, pois elas fazem com que um se lembre do outro, apesar da distância que os separa.




Um poema, que apenas pelo nome já nos chama atenção, foi motivo de meus devaneios durante muito tempo...Já decorei esse trecho de A Via Láctea do parnasiano Olavo Bilac ( e ainda disseram que o que importava na produção literária dos parnasianos era apenas a forma perfeita...). Para mim, uma das mais perfeitas descrições de como é estar apaixonado.






"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...



E conversamos toda a noite, enquanto

A via láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.



Direis agora! "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?



"E eu vos direi: "Amai para entendê-las:

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas".





Posso dizer que é exatamente assim que me sinto neste momento: rindo e conversando com estrelas...



sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Ôooooouuuou gente estúpida..."

(Esse post deveria ter sido postado ontem, mas por motivos de falta de luz, foi impossível)

Começo dizendo que o dia estava abafado e que, hora ou outra, iria chover. Uma chuvinha, sabe? Para refrescar os nossos miolos. Mas, pela cor das nuvens, com certeza não seria uma chuva qualquer. Chuvinha??? Caiu um pé d'água capaz de, em menos de 30 minutos, derrubar algumas árvores, interrompendo os dois principais caminhos para que eu chegasse em casa. Foi um transtorno enorme. Mas, não era sobre os efeitos climáticos que eu queria falar, e sim, sobre os efeitos que certas situações causam em algumas pessoas.

A iminência da chuva exaltou os ânimos de quem estava esperando para chegar em casa. A fila do ônibus estava imensa. Todos estavam impacientes, inclusive eu. Nós todos sabíamos que pelos tons que o céu tinha, a chuva que viria causaria danos e, obviamente, o atraso seria mais que plausível. Seria certo.

Contudo, o que me deixou PUTA da vida, foi a má-educação de algumas pessoas na espera pelo ônibus. Fila, na minha concepção e creio que na maioria das pessoas sensatas, não é a melhor coisa do mundo, mas deve ser respeitada.

Por favor, agora avisem ao casal que deliberadamente entrou na minha frente e de outras pessoas, que isso é ERRADO e denota uma falta de RESPEITO imensa, pois acho que eles não sabiam disso.

E, para piorar, ainda queriam arranjar confusão com uma outra família (que também foi passada para trás, literalmente, nessa história de furar fila). Começaram os empurrões, os xingamentos, uma coisa horrorosa, uma situação completamente desconfortável e deselegante. Até que o fiscal do ônibus resolveu intervir, enquanto o pessoal do lado de fora se divertia vendo o "circo pegar fogo". Enfim, o fiscal pediu para que a família que estava certa em contestar saísse e fosse para o outro ônibus. Desta maneira, o casal que estava todo errado não sentiu, nem por um segundo, que o que fizeram era de extremo mau gosto.

Durante o congestionamento causado pela chuva, um dos componentes dessa dupla, simplesmente jogou pela janela uma garrafinha d'água e uma lata de batata estilo Pringles. Sem remorso algum. Eu senti um ódio imenso. Jogar lixo na rua é horroroso. E, para completar a sequência de atitudes condenáveis, esse mesmo homem começou a fumar dentro do ônibus, ou melhor, fumava com a cabeça para fora, fazendo com que o vento trouxesse aquela fumaça de cigarro barato para dentro do ônibus que já estava terrivelmente abafado.


Resumindo, educação é algo que você tem por completo ou não tem. A prova disso foram as ações tomadas por esse casal, com uma certa idade e suposta maturidade, durante as 2 horas em que fiquei no ônibus.

Escrevi esse monte de coisas porque fiquei muito indignada com tudo isso, já que tenho um mínimo de senso e consegui perceber essas atitudes que, para muitos, passariam despercebidas. Então, nasce o erro juntamente com a completa falta de educação, por olhar para certas situações e achá-las normais, ou pior, achar graça delas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

So vulnerable ...(like china in my hands)

Ela é mesmo vulnerável. Inconstante. Frágil. Melancólica. Anda por aí um pouco tristonha como sempre. Ou melhor, como nunca.
Ela nunca saberá o que perdeu. Nunca saberá em que momento exato ela se escondeu e se esqueceu do caminho de volta ao seu doce lar (a gente sempre esquece e ele talvez nem seja tão doce assim).Ela faz questão de não lembrar, pois lá no fundo ela sabe que não pode ir para casa. E isso dói.

Quem disse isso a conhecia bem. Sabia de cor e salteado a dor que ela sentia, mas não podia medi-la. Quem vai mensurar o sofrimento? Ninguém é tão louco a ponto de se deixar levar pela amargura e passar horas dilacerando a dor, dissecando a mágoa. Será que não?
Então, por que o gosto pela solidão?

Por que essa tristeza constante, esse sorriso escuso, esses mil segredos e bocas caladas, e raiva, e tentação, e culpa, e medo?


Ninguém sabe responder. Ela continua na chuva, sem pressa, sem sombra de dúvidas, com poucas certezas guardadas no bolso de sua capa de chuva amarela. Não tem graça alguma. Ela não está rindo. Seus olhos estão fixos no céu nublado, tão escuro quanto sua mente.

Ela poderia derreter. Eu sei disso. Ela é vulnerável demais para estar passando por uma tempestade.

Por outro lado, vocês não vão acreditar. Ela é forte demais. Forte o bastante para seguir em frente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Advice

'Você só tem que se cuidar mais, se preservar. Nós temos 18 anos, daqui a pouco teremos 30 e não poderemos nos culpar pelo que fizemos, por isso devemos pensar bem para não deixar nenhuma mágoa de nada nos afetar.Querendo ou não, temos que ter responsabilidade, maturidade para muita coisa. Para não beber quando não podemos, de não transar sem camisinha, de cumprir com as tarefas, estudar muito mais e mil vezes e sempre...É foda. Demais. É uma crise...o tempo passa muito rápido e não temos tanto tempo assim. Tudo simplesmente acontece.E machuca muito mais do que aos 16.'


Conselho para mim e para alguém que simplesmente está mal, como outras milhões de pessoas no planeta. Passam a madrugada chorando, ouvindo músicas tristes, curtindo a primeira fossa do ano. Quando se está sozinho, a solidão traz uma leve sensação de liberdade.Podemos nos debater, amargurar, inundar o travesseiro e ninguém está aí para te observar, para reclamar, nem para segurar sua mão. Você está livre, meu amigo. Livre para ser quem você é, para se mostrar vulnerável e pouco forte. Livre para sentir.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009

Dizem que a primeira chuva do ano deve ser tomada para limpar a alma, trazer bons fluidos, para de certo modo libertar, limpar, purificar nosso corpo para o ano que chega.






Google Imagens





E a primeira lágrima? Qual o significado dela?


Bom presságio ou má sorte?



"Então, no primeiro dia do ano, ela chorou. Lágrimas impossíveis de serem contidas." Lágrimas(e nem era dia de chuva).