quarta-feira, 8 de março de 2023

Há tempos não é um dia "feliz" porque traz à tona uma maior consciência sobre a condição de ser mulher e tudo o que isso abarca. Traumas, vulnerabilidades, fragilidades ancoradas.
A consciência de uma solidão (que nada tem a ver com companhia) que só é aplacada quando outra mulher nos ampara. E isso às vezes é difícil. Entender o nosso lugar, dar voz ao que nos cala, estender a nossa mão porque a outra mão não apenas afaga. Nas enormes diferenças que nos separam, em dias como hoje (infelizmente), nossas dores e angústias não apenas nos unem, mas nos retratam.
E é desolador que ainda seja assim.

Nesse sentido sou privilegiada.
Minhas mãos não estão atadas.

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