Hoje, repentinamente, meus pensamentos me levaram a você.
Entrei no seu blog, cujo endereço não esqueço. É uma espécie de refúgio. Recorro a ele quando preciso me reconectar. Olhar pra dentro.
A fragilidade das suas palavras até hoje me desconcerta. O seu otimismo pé no chão, sua transparência quase brutal, a sua essência, sua verdade, seu jeito de viver a vida em estado de graça.
Você sempre teve asas, Jô. A liberdade era o seu lugar.
Sempre te vi destemida, autêntica, sem papas na língua. E admirava essa coragem que eu não tinha. Não sei se algum dia terei essa audácia de romper amarras (quase todas, admito, criadas para me proteger).
Ouço aquela música da Cássia e lembro de você. Calça jeans, havaianas, camiseta, uma bolsa enorme, argolas gigantes e coque lá no alto. As unhas vermelhas que você não conseguia parar de roer. A tatuagem de borboleta no pescoço. E um sorriso que ensolarava qualquer dia ruim.
Tudo mudou depois da sua perda. Jamais superei. Tento não pensar muito sobre isso para não mergulhar no pessimismo e na amargura, porque nada disso tem a sua cara.
Você foi a responsável pela existência desse blog, me inspirando a colocar na página em branco os meus pensamentos desconexos. O quanto eu aprendi, o quanto você ainda me ensina.
Saiba que te carrego comigo onde quer que vá.
Eu, aquela flor amarela do poema que você escreveu.
Você, a borboleta mais magnífica que já pousou nos meus dedos,
Como bem sabemos, é da natureza das borboletas voar.
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