É tão estranho o correr do tempo
"Quando olho para mim não me percebo"
E concordo com Caio, com Clarice, Caeiro.
Porque passei por mim depressa
Me atravessei e sequer me entendi
O quanto eu me transformei naquilo que não prometi
O quanto me afastei
O quanto endureci
Por medo de perder, perdi
O laço que havia
O sentido da poesia
A conversa, a intensidade, a vontade de gritar
Onde havia orgulho sobra medo
Fico acovardada em frente ao espelho
Tenho essa necessidade de enfiar o dedo da garganta e colocar pra fora tudo o que eu não digeri
Eu que não me entendo, tento me encontrar
Por isso escrevo
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