A minha busca é mais in que out. Demorei muito para compreender todo esse conceito de transmutar o mundo de dentro para me tornar cada vez mais vasto. Há um nome para isso: pertencimento.
Desocupar espaços, abraçar a solitude, enfrentar a escassez, respeitar os vazios. Romper laços, fazer malas, ficar ou ir embora. Tudo isso faz parte do processo. Às vezes doloroso, porém necessário.
Nada é perfeito. Ninguém é cem por cento. A verdade é que tudo é efêmero. Eu quero apenas ser mais leve, consciente e pleno. Me equilibrando entre erros e acertos, aceitando as inconstâncias do tempo.
Abandono quem fui e acolho quem sou.
O ontem é ocupação da memória.
Tudo ao redor muda nessa dinâmica. A vida se transforma.
Desapego. Deixo (flu)ir para ser mais inteiro.
Sou de mim mesmo.
Eu pertenço ao agora.