quinta-feira, 31 de maio de 2018

Eu sinto falta
Do frio de junho
Da brisa
De pegar ônibus
De pegar as barcas
De beber na Cantareira
De beber na Lapa
De atravessar a Baía 
de Guanabara
De comprar cigarro na banca
De ir a pé pra casa
De encontrar os amigos nos bares
antes e depois da aula
De ir à praia
No Leme ou em Itacoatiara
De falar poesia no Catete
De flanar pela Arlequim
De ir aos saraus 
na praça Tiradentes
Sinto falta das árvores
De Copacabana
Do Ingá
Do Flamengo
Sinto falta da varanda
Do barulho da rua
Da madrugada em silêncio
Cortada por um casal de bêbados
Que cantava Cazuza
Pro dia nascer feliz
No Rio de Janeiro
Escrever é o ápice da minha exposição.
E ainda assim tenho reservas.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

São poucas as coisas que importam de verdade e são as coisas mais simples pelas quais vale a pena lutar. A vida é um sopro e a gente se perde nesse falsa ideia de eternidade. Porque sempre acreditamos que há o amanhã. Mas a verdade é que a gente não sabe. 
Então só o que nos resta é aprender a amar o presente e fazer com que cada ato de respirar não seja em vão. Sigo aprendendo. E tentando fazer valer cada segundo da minha respiração.

sábado, 19 de maio de 2018

"And they wonder why you're frustrated
And they wonder why you're so angry
And is it just me
Or are you fed up?
"

terça-feira, 15 de maio de 2018


"Eu todo doído. Minha vida tá toda errada. Bodes em vários níveis, às vezes me sinto bombardeado de — sei lá o quê. (...) Poucas vezes a barra esteve tão pesada. No país, é isso que você vê. Cada vez pior. Ai, Emediato, pra onde a gente tá indo?" 
(Caio F.)




Mergulhando em poços cada vez mais fundos. Uma escuridão de dar gosto. A solidão invadindo. Retorno de Saturno? Aquela sensação de completo abandono. 
Mas há o apesar de tudo.

Aquela força vital que a gente só conhece quando chega ao próprio limite. Um impulso que nos empurra pra frente. Aquela luzinha esmaecida, mas insistente, que ilumina as nossas sombras e nos faz lembrar de que não é fraqueza estender as mãos e pedir ajuda. Isso é sinal de lucidez. Às vezes a vida se torna caótica e somos despreparados para lidar com quedas e rupturas.
Às vezes existir se torna um fardo demasiadamente pesado. A depressão não tem nada de leviano, não é sofrimento enfeitado.

As palavras são meu jeito de pedir socorro.
Escrevendo, me resgato de mim. 
Eu me sinto a salvo.
Apenas eu sei 
O quanto eu perdi
O quanto me custou
Chegar até aqui

terça-feira, 8 de maio de 2018

Eu queria dizer que não. Que a falta é só mais uma palavra que a gente emprega para dar sentido ao nosso vazio. Que não é solidão o que carrego, que nem sei ao certo o que sinto. Que poderia ser qualquer coisa, desde que fosse verdade. Que eu só precisei ouvir um nome. 
Eu queria dizer que não. Não é nada disso.
Mas é saudade.

domingo, 6 de maio de 2018

15 anos

Aprenda a se amar. 
Não aceite nada menos que o melhor. 
Saiba dizer não. 
Não se detenha. 
Siga a sua direção.

O caminho é árduo, mas vale cada passo dado. E, de uma forma meio louca, a dor se transmuta em força. O que fica é o aprendizado.
(Não desista. Você é mais forte que imagina.)

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O processo de autoconhecimento é difícil. 
Tem sombras, pedras, lágrimas, quebras e abismos. 
Você cai, rala os joelhos. Mas levanta mais forte.
Perdi muito durante o caminho.
Mas o que eu ganhei não preço.

terça-feira, 1 de maio de 2018

"Natureza da gente não cabe em nenhuma certeza." (Guimarães Rosa)
A palavra não alcança o que é sagrado.