domingo, 26 de novembro de 2017

Faz 25 graus na noite dessa cidade que só chove. É novidade um clima tão ameno quando o sol, na maior parte do tempo, flameja e arde.
Pouco sei das cores lá fora, nem sei que horas são, mas é sempre tarde.

Andamos sós, eu e o tempo. Ele, apressado, vezenquando me atravessa correndo. E eu, quase sempre estática, ando desesperada por movimento.  Tento me encontrar nos discos, nos filmes, em textos alheios. Busco, do meu jeito torto, fazer as pazes com os ponteiros. Estou presa entre as quatro paredes do quarto e do medo.
Estou tentando arduamente ser quem eu sou.
Talvez seja por isso que escrevo.