Ser leve é bem mais difícil que parece, e ainda assim insisto. A cada segundo me policio, não vacilo, é muito fácil se entregar a pensamentos negativos e destrutivos. Tudo ao meu redor parece conspirar. E mentalmente travo uma batalha: que sentimento vai ganhar?
Tudo se resume a uma palavra: perdoar. Carrego uma bagagem pesada de rancor e mágoa, coleciono pessoas das quais sinto raiva, e confesso que pra mim é um trabalho árduo deixar para trás. À tristeza sou apegada. Isso transparece através da languidez do meu olhar.
Tudo se resume a uma palavra: perdoar. Carrego uma bagagem pesada de rancor e mágoa, coleciono pessoas das quais sinto raiva, e confesso que pra mim é um trabalho árduo deixar para trás. À tristeza sou apegada. Isso transparece através da languidez do meu olhar.
Talvez eu precise me transportar para uma época em que eu vibrava outra energia. E que em meio ao caos, conseguia me manter em paz, com um sorriso nos lábios, em perfeita sintonia. Talvez em Búzios. Talvez ouvindo Jack Johnson. Talvez caminhando bem cedo. Talvez encontrando meus amigos. Talvez seja tudo. Ou nada disso.
Talvez seja mais uma desculpa por estar envelhecendo e ainda não ter feito as pazes comigo.
Talvez seja apenas mais um pedido desesperado por luz e equilíbrio.