OM MANI PADME HUM
sábado, 28 de janeiro de 2017
Quando nada atende à ânsia de querer tudo
o tempo todo todo fim de dia
falta o ar (ela parou de fumar)
recupera o fôlego tragando poesia
o tempo todo todo fim de dia
falta o ar (ela parou de fumar)
recupera o fôlego tragando poesia
*
O que lhe falta é só um canto
Para enfeitar de luz e boas energias
O que lhe falta é encanto
Para enfeitar de luz e boas energias
O que lhe falta é encanto
*
Sentir tanto paralisa
O sorriso não sai fácil
(E ela continua tentando)
Sentir tanto paralisa
O sorriso não sai fácil
(E ela continua tentando)
"Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir." (Caio F. Abreu)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
"You make me proud to be an artist. You make me feel that what I have in me — my body, my face, my age — is enough. You encapsulate that great Emile Zola quote that if you ask me as an artist what I came into this world to do, I as an artist would say, I came to live out loud." (Viola Davis to Meryl Streep)
"Disrespect invites disrespect, violence incites violence. And when the powerful use their position to bully others we all lose(...) Tommy Lee Jones said to me, “Isn’t it such a privilege, Meryl, just to be an actor?” Yeah, it is, and we have to remind each other of the privilege and the responsibility of the act of empathy. We should all be proud of the work Hollywood honors here tonight.
As my friend, the dear departed Princess Leia, said to me once, take your broken heart, make it into art. " (Meryl Streep to the WORLD)
Certa vez escrevi: " embora haja embriaguez, na minha ressaca agradeço a lucidez."
Há tempos sinto esse sabor ocre na boca, essa dor de cabeça latejante, essa ânsia de colocar algo (não sei bem o quê) para fora a todo instante.
E não preciso beber uma gota de álcool sequer. Olho à minha volta e me sinto tonta, desnorteada, ofegante. Tenho evitado assistir a tv. Tenho evitado ler. Mas por mais que eu me valha da alienação para me proteger, sinto no ar as más energias que me enervam e me sugam a cada dia.
E não preciso beber uma gota de álcool sequer. Olho à minha volta e me sinto tonta, desnorteada, ofegante. Tenho evitado assistir a tv. Tenho evitado ler. Mas por mais que eu me valha da alienação para me proteger, sinto no ar as más energias que me enervam e me sugam a cada dia.
Mas em meio a essa ressaca muito similar ao que se chama política, recebi uma injeção cavalar de glicose assistindo à transmissão do Golden Globe. Lá no fundo eu sabia que de algum modo me salvaria.
Eis que fui presenteada com dois discursos absolutamente viscerais e, sobretudo, sóbrios em meio ao caos em que vivemos. Do meu ponto de vista, Viola Davis e Meryl Streep transformaram palavras em obra de arte; Viola, mostrando sua imensa admiração e gratidão por Meryl, e esta, homenageada da noite, expondo a violência que nos cerca, exaltando a sensibilidade que ainda nos resta.
Meus olhos se encheram d'água porque ouvi, numa língua que não é a minha, tudo aquilo que penso e por cansaço muitas vezes não consigo verbalizar. Senti um sopro de esperança e de inspiração para me manter firme nesse caminho. Por insistir, ainda que com pouca fé, em continuar defendendo tudo aquilo em que acredito.
Porque romper barreiras é necessário, requer árduo aprendizado. Consiste em exercitar o olhar para as singelezas, para compreensão das vicissitudes, para o verdadeiro entendimento de que na vida em sociedade, tolerância e respeito são os valores mais básicos. Os muros físicos são muito pouco comparados àqueles construídos pela falta de empatia, pelo ódio gratuito e pelo preconceito.
Como já dito: " a boca só fala aquilo de que o coração está cheio".
Ainda que eu sinta certa desolação, insisto em crer que a cultura, seja como for, é essencial para transformar vidas.
Quando tudo está difícil, não me conformo. Eu não me anulo. Não me calo.
Eu brigo, eu choro, eu grito.
Eu me obrigo a sentir, afinal.
Eu faço literatura pra isso.
Quando tudo está difícil, não me conformo. Eu não me anulo. Não me calo.
Eu brigo, eu choro, eu grito.
Eu me obrigo a sentir, afinal.
Eu faço literatura pra isso.
sábado, 7 de janeiro de 2017
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