Porque eu quis e isso é perigoso. Sem olhar para trás, reduzindo toda uma vida a três malas. Eu parti. Pés meio exaustos da caminhada, sem bússolas ou mapas, seguindo unicamente o que eu senti(a). Tendo como norte nada além do que os meus olhos viam. Cheguei ao meu ponto de partida às cegas. E embora fosse o momento do encontro, nunca estive tão perdida.
Aos tropeços, me entreguei ao que desconheço. Refaço os passos, reconstruo as rotas para entender os porquês. Confundi os sinais, ignorei os avisos, desaprendi a me ler. A verdade é que eu me troquei por um punhado de sonhos, alguns intangíveis e até mesmo loucos. O que sobrou é apenas real.
E pra mim isso é muito pouco.