Ao te escrever eu me compreendia. Tem sido dias cheios de sentimentos e pensamentos em demasia. Apenas passo por eles e pouco parece ter sentido. E eu me doo. Por tudo. E eu me pergunto, por que tão pouco? Quanto a mim, vivo contendo o que sinto, contendo cada sentimento mais intenso, tenho medo de deixar a barreira romper. Tenho medo de jorrar pra todos os lados, se me descuido um pouco, veja, deixo a lágrima rolar. Por tudo o que passou, por tudo o que eu sei, por tudo o que poderia ter sido e não foi. Certas pessoas não nasceram para águas mais rasas e calmas. Gosto dos pingos de chuva e do barulho do vento. Logo eu, que não temo tempestades, abrigo um mar aberto por dentro.