Há alguns dias tenho tentado escrever na página em branco e o resultado, adivinhe: vários rascunhos. Começo os textos e não termino, parece que nada que escrevo acompanha de fato o que sinto.
A poesia não acontece só no papel, acontece no dia a dia, no cotidiano, na vida. É mais uma questão de sensibilidade do que de inspiração. É de dentro para fora.
Nunca tive a pretensão de ser a pessoa mais bonita, ou mais inteligente, ou qualquer coisa que não tivesse alguma relação com ser "mais feliz". Ser quem você é, apesar dos defeitos, e gostar do que se vê, enxergando muito além do espelho é o que todos precisam fazer para alcançar a felicidade. Sou coerente com o que vejo e sinto, diariamente me perdoo e faço as pazes comigo. Esse é o verdadeiro estado de liberdade. E isso me basta.
O sentido da vida é olhar para si mesmo e se enxergar de verdade. Não ser perfeito e se aceitar exatamente desse jeito é poético. É uma dádiva.