sábado, 13 de julho de 2013

Da escrita e da vida

Há tempos venho me desencontrando das palavras. Antes a escrita era fácil, transformava os pensamentos em sentimentos, eu me entendia melhor enquanto versava em prosa ou poesia. Foi o meio que encontrei de me aperfeiçoar ( não é à toa que digo que escrever é o meu aprimoramento). A leitura também viabiliza esse entendimento. Quanto mais leio, mais sinto e melhor organizo as minhas ideias por vezes confusas.

Fazendo uma análise superficial sobre a presença/ ausência daquilo que chamam inspiração, creio que a construção da escrita não se justifica apenas assim ou pela criatividade. 
Escrever sempre foi para mim uma questão de identidade e de reconhecimento. De autoanálise. Isso ficou claro para mim quando passei por momentos difíceis. Segundo críticas, escrevo melhor quando estou triste. 

E quando pareço perdida? Não consigo elaborar nada muito denso ou extenso. Apenas frases soltas, indefinidas e vagas, vezenquando uma poesia que escrevo, posto e imediatamente desgosto. Estou deixando acontecer. 


Mudei de casa, ainda há caixas espalhadas. 
O endereço é outro e não há placas. 
O novo assusta, mas não é de todo ruim.
Apesar do descompasso, restam palavras.
Estou ordenando tudo dentro de mim. 

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