quarta-feira, 24 de abril de 2013

Carta para alguém de dentro (ou dias cinzas)

À Marcela, minha alma gêmea dessa e de outras vidas.


Amiga, bom dia! Hoje amanheci com o vento balançando as cortinas e com a chuva inundando a manhã fria. Não pude deixar de lembrar de você, da nossa viagem que aconteceu num dia tão cinza quanto este. É quase impossível não pensar. Ou melhor dizendo, sentir. Amiga, aquela viagem foi muito importante pra mim, criou um marco na minha vida. Eu estava à beira do precipício e o resgate aconteceu porque mergulhamos, juntas, dentro da gente. Sinto uma certa nostalgia, falta daquela epifania, das descobertas, dos extremos que vivenciamos. Chegamos lá com uma chuva torrencial por dentro e voltamos com o sol interno aceso. Só queria agradecer pelas nossas mãos dadas. Por ser sempre aquela para quem remeto as minhas cartas. Me sinto em paz. O equilíbrio, até então perdido, em mim jaz. Te amo.

( Em 21/04/2013)

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