Há algum tempo descobri que coisas inesperadas acontecem se a gente estiver disposto e aberto. Mas às vezes o acontecimento não é mais o bastante, porque esse inesperado não faz mais o coração bater, não coloca um sorriso no nosso rosto, sequer surpreende. Por vezes, só assusta. Porque já passou tempo demais, porque a surpresa está na sua reação, não no evento inesperado em si. De tanto me acostumar com finais, não consigo crer em recomeços. Talvez isso soe um pouco triste e amargo, mas tentar não é do meu feitio, não quando já se passaram as fases da decepção e da mágoa. A fase dos vazios. Não quando o que sobrou do nó no peito foi uma vaga indiferença, que poderia facilmente ser substituída por nada. Porque de tudo o que aconteceu foi isso que restou.
Então, dispenso qualquer palavra. Para mim tudo isso já passou. Convivi muito bem com ausências durante um longo tempo e já preenchi o espaço que sobrou. Não quero mudar o roteiro. Há tempos esse foi o final da cena: acabou. E se acabou foi porque não valeu a pena.
Para vocês que dividiram histórias comigo. E para quem dispensou uma amizade e achou que uma mensagem bem escrita resolveria alguma coisa. É isso.
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