terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu perdi o jeito de me expressar. Você me roubou, além do fôlego, a capacidade de te pintar com as minhas palavras, poetizando o que eu sinto, transformando tudo em verso.
São só palavras, eu sei. Mas tenho conjugado verbos de ação e de estado. Sentir, tocar, beijar, olhar, morder, brigar, querer, amar. Lembro de Bandeira, elucubrando sobre um tal verbo, teadorar. Teadoro, meu rapaz.

Esgotaram-se as palavras onde agora transbordam sentimentos. Escrever é racionalizar, quando agora...Agora eu tenho sentido. Verbo, substantivo. Eu te sinto. Carrego você sempre comigo.

Nada do que escrevo agora parece tão bonito depois que mirei meus olhos em você. Nada ao meu redor merece tanta atenção ou é tão significativo quanto ter você. 

Dispenso as palavras. Depois de tateá-lo, de andar de mãos dadas, de beijar a tua boca, de rir a tua risada e de ter o prazer diário de viver contigo, digo: nada mais me falta.


(Nada além da falta que você me faz).


Um comentário:

  1. Ah, meu amor...
    Faz tempo que não nos encontramos por aqui né? Já tinha quase esquecido o prazer de me embriagar com tuas palavras, as quais só fazem real sentido no momento em que, extasiado, durmo e acordo envolvido em teu abraço: meu lugar preferido, de onde nunca quero sair. Tenho andado preocupado com os dias que virão, mas aqui não é o lugar e agora não é o momento de manifestar meus medos: a hora é de agradecer a dádiva de ter você em minha vida, de amar e ser amado de uma forma que eu só imaginava possível em ficção. Cada dia com você é um episódio memorável.
    Se nosso amor tivesse durado o intervalo de um só dia, seria o suficiente pra ficar eternizado.
    Te amo. Ontem, hoje, sempre.

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