segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pensamentos aleatórios ou Casimiro de Abreu feelings



O que mais me encanta nas crianças é a facilidade com que elas acreditam. Em fadas, duendes, bruxas. Nos seus pais quando eles diziam que iam levar no parquinho, naquela menina, amiga da sua irmã, 12 anos mais velha, que disse, lá nos seus 8 anos, que iria te namorar quando você crescesse.

Você, agora tão cético, acreditava até em Papai Noel.

Aí, de repente, você cresce. E perde um pouco o jeito, porque acredita tanto nas outras pessoas, sempre com aquele antigo ditado na cabeça ( faça a sua parte sem esperar nada em troca), e, surpresa, você se decepciona. E não estou falando de uma, duas, três vezes não...São muitas. E, muitas das vezes, com as pessoas que você menos espera. 

A questão é que você continua fazendo a sua parte, ou tentando, ou perdoando, ou esquecendo, porque além de ter aprendido a acreditar em si mesmo e ser a melhor pessoa que pode ser, aprendeu, também, que uma hora quem vai pisar na bola vai ser você e, seres humanos que somos, precisamos todos daquela mão estendida ou do simples "já passou, tá tudo bem" para aliviar o coração.

O que eu quero dizer é que mesmo que a gente não espere nada em troca ( e quando eu digo nada em troca, normalmente pensa-se somente nas coisas boas), quero dizer que esse NADA inclui as coisas ruins também. Ou seja, não podemos ser tão otimistas em achar que alguém vai retribuir de forma positiva e nem ser tão pessimistas ao ponto de esperar sempre o pior. Confesso que me enquadrava nesse último grupo, mas a gente não muda de criança para adulto sem aprender algumas coisinhas importantes e que, no fim das contas, são realmente as coisas mais preciosas:

Você vai se magoar. Vão te decepcionar. Vão te abraçar e enfiar o punhal nas costas ( e girá-lo levemente dentro da ferida). Mas muitos simplesmente vão te abraçar, sabe? E, se a gente colocar na balança, acho que um abraço vale mais do que mil apunhaladas.

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