Queria que as palavras que aqui exponho pudessem alcançar a sintonia dos meus pensamentos que não saem de maneira nenhuma de você. Que ritmassem com as batidas do meu coração quando te olho e você nem vê. Que tivessem a medida do nosso abraço, a profundidade dos nossos olhares, a doçura dos nossos beijos, o torpor dos nossos corpos que, juntos, se tornam um.
Queria escrever algo que fugisse do clichê, do lugar comum.
Queria escrever algo inédito sobre amor. Sobre o nosso amor. Lembro que tantos poetas, escritores, músicos, pintores, tanta gente já tentou descrever o que é o amor, como é a sensação de estar apaixonado, como é a dor única, dilacerante e torturante da perda de quem se ama.
Eu mesma, nesse exercício catártico, pensei ter chegado a muitas definições. Até que, surpreendentemente, conheci você, que mesmo me inspirando a escrever muito e sempre, ainda consegue, de forma ambígua e inédita, me deixar sem palavras.
Então não sei o que escrever sobre o amor. Mas eu sei o que é amor. Eu sinto o amor. E por eu saber exatamente como ele é, não posso profaná-lo com palavras. Por mais belas e adequadas, por mais bem empregadas e alocadas, não fariam jus ao que eu sinto. O amor é quase um segredo. O nosso segredo. E, pra mim, ele é mais do que único e verdadeiro. Ele é sagrado.
Eu sempre tive um grande questionamento sobre felicidade. Sempre cultivei aquela ideia de que não existe felicidade de fato, mas sim momentos, efêmeros, de alegria. Sempre dissociei felicidade de constância. Sempre acreditei ser esse sentimento raro, talvez inexistente.
E me perguntava: se eu morresse agora, morreria feliz? E a resposta a este questionamento era sempre um decidido, firme, inquestionável e afirmativo não. Até que eu te encontrei. Agora, me contradizendo um pouco quanto à sua indefinição, digo que talvez eu possa expressar com palavras o que te amar significa. Se me perguntassem agora se eu morreria feliz, diria que sim, pois eu morreria te amando. Até o fim.
Impressiona a capacidade que vc tem de surpreender alguém que, tolo, pensou estar imune às emoções. Não sei bem pra onde esse barco vai, mas sei que não devemos deixá-lo ao sabor das marés. Se preciso, tomemos o leme e vamos, juntos, conduzi-lo ao destino que idealizei no dia em que nos beijamos pela primeira vez: a tão falada felicidade. Pura e simples felicidade. Se não for com você, não quero com mais ninguém. Te amo.
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