quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre os riscos da entrega


Quando iniciamos uma relação, qualquer que seja, criamos certas expectativas. Cada um tem as suas e há, lá no íntimo, aquela vontade de que nossos desejos e sentimentos sejam satisfeitos e recíprocos. Estamos sempre esperando algo. Esperamos que o outro se entregue. Mas, quanto a nossa entrega? 

Alguém me disse algo sobre o qual fiquei pensando: se você entra em um relacionamento, qualquer que seja, pela metade, você provavelmente só receberá do outro a metade. E não, essa soma não é benéfica e não resulta numa relação completa. E mais, não é possível exigir do outro que a sua entrega seja total, se você não o faz.
Certo. Pensei comigo: E quando a pessoa está aos cacos? Como se entregar completamente? Como deixar de lado o medo assombroso da decepção? Como não esperar nada? Como começar o trabalho de reconstrução?

Realmente, essas perguntas são complicadas. Agir emocionalmente, seguir o coração mesmo quando há tantas dúvidas pairando no ar não é das atividades mais fáceis. Por outro lado, se uma oportunidade é boa, não podemos deixar que ela passe por medo. Medo de seja lá o que for. Tudo nessa vida é muito arriscado.
Todas as ações tem chances iguais de darem certo ou  errado.  Nenhum relacionamento anterior, por pior ou melhor que seja, pode ditar o seu futuro. Não importam as vezes em que o seu coração ficou aos pedaços. Há que se juntar os cacos e lutar pela felicidade. Essa entrega, portanto, deve acontecer quando estivermos absolutamente prontos para nos doarmos por inteiro, evitando assim a chance de sabotar algo potencialmente incrível. Basta ver pelo que vale a pena se arriscar.



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