domingo, 21 de novembro de 2021

Há tanto a ser feito
E dito
Mas seguimos entorpecidos
Alheios
Distraídos
Acreditamos na pausa
No silêncio contido
Repentino
E assombroso
Que precede o grito


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Em meio à natureza. Dia lindo de sol e céu azul e prenúncio de chuva com nuvens carregadas e vento forte (algumas ondas no rio), mas vieram apenas chuviscos. Depois o sol voltou com um belo arco-íris. Por que estou falando sobre isso? Porque eu sempre tive dificuldade de contemplar. 
De observar e absorver só o que há de melhor em cada momento. Minha mente quase sempre está no modo julgamento. Porque eu cresci assim, com o dedo sempre apontado pra mim. E não é fácil gerir toda essa bagagem. Às vezes, me pego vacilando, caindo nas armadilhas da minha mente, me sabotando, me sentindo inadequada ou menos importante...me amando pouco, quando eu deveria me amar com todo orgulho. E em meio a esse turbilhão de pensamentos, me veio você. Que se permitiu de fato me conhecer. Com todas as nuances, defeitos, erros e acertos. E que mesmo assim (ou por causa disso) quis ficar. E o amor também é isso: permanecer quando  muitas vezes é difícil estar ( e nós sabemos bem o que é isso). Queria compartilhar essas reflexões com você, amigo. Dizer que de vez em quando tropeço, caio, ralo os joelhos, mas tento ficar menos tempo no chão. E que eu estou aprendendo com cada queda e quebra, de coração aberto, com mais amor e menos medo, para não viver em vão.

(Para Danilo)