Noites sem lembranças, sem sonhos, só álcool, mais um trago, a droga, o cigarro, voz tentando se fazer ouvir, voz que só precisava mesmo calar, dar espaço, fazer silêncio, sentir.
Barulho demais, todos os excessos e rostos apáticos, anestesiados, disformes, a esmo.
Ninguém se percebe, ninguém se ampara, todas as angústias juntas, de mãos dadas.
Mais um encontro pra se perder.
Mais uma vez se olhar no espelho, sem maquiagem, com desepero.
E não se reconhecer.