domingo, 27 de outubro de 2019

Noites sem lembranças, sem sonhos, só álcool, mais um trago, a droga, o cigarro, voz tentando se fazer ouvir, voz que só precisava mesmo calar, dar espaço, fazer silêncio, sentir.
Barulho demais, todos os excessos e rostos apáticos, anestesiados, disformes, a esmo.

Ninguém se percebe, ninguém se ampara, todas as angústias juntas, de mãos dadas.
Mais um encontro pra se perder. 
Mais uma vez se olhar no espelho, sem maquiagem, com desepero.
E não se reconhecer.
Retomar o curso das palavras
Para que elas me tragam
De onde eu parti
De volta pra mim.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

11/10

Todo dia 11 de outubro é triste. E tenho a impressão de que sempre é nublado e chuvoso, como se fosse da data ter esse tom acinzentado, inundado de melancolia.
No dia 11 de outubro você se despedia. E deixava uma legião de órfãos sedentos da sua presença, da sua voz, sua poesia.
Revisito seus discos e entrevistas, releio sua biografia, trago seus símbolos marcados na pele só pra te manter eterno nos meus dias.
E você é, Renato.
Você me salvou tantas vezes de mim mesma...  Devo a você ter encontrado as respostas que eu precisava quando tudo parecia sem saída.
"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho." Eu entendi.
O correr do tempo não desbotou as rimas.
Você é (e sempre será) minha trilha preferida.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Eu me rendo. E entrego ao Universo todos os meus anseios.