terça-feira, 30 de setembro de 2014

É que eu tenho um jeito meu de me curar. Só me sinto completa quando transbordo, quando não me contenho. É o meu modo de suportar. Minha mãe dizia que a febre só melhora se a gente suar. É o nosso corpo procurando manter o equilíbrio.
E se a dor me corrói por dentro, não há jeito, deixo a m'água rolar: alcanço a minha leveza porque me permito expurgar o que faz mal, não contenho as lágrimas. 

Às vezes me basta chorar.



domingo, 21 de setembro de 2014

...

Talvez eu não precise me entregar à dor, talvez não seja mesmo necessário. Mas nesse momento de percepção sobre o que sinto, de contato íntimo comigo, nem que seja apenas para dormir, dormir, dormir e acordar no meio da madrugada com a sensação de que tudo é vago, embora vasto, é fundamental. Preciso abraçar a solidão e mergulhar nos vazios. É o meu jeito de seguir em frente. Meu arcano já previra essa minha necessidade de esclarecer tudo, o receio de escassez. 

Sou apenas alguém que sente.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014




O maior dom dele é consertar minha asa quebrada, curar com sorrisos a minha alma.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Para Kamille, Danilo e todas as pessoas de bom coração que ainda restam.

"Fizeram-me tanto, mas tanto mal, que só restou o melhor de mim." 


Nunca tive medo das decepções. Prefiro que a verdade venha logo, atinja, doa e permaneça, para que eu possa me olhar com dignidade no espelho.
Falsidade, mentiras e ilusões se esvaem, hora ou outra. Não tenho medo do que chamam comumente de "quebrar a cara". Sou boa juntando os cacos do que sobrou. Meu rosto pode até ter os remendos e cicatrizes. Sou o que sou. Dispenso as máscaras.

"Aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia, e mesmo assim insisto." (Caio F.)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Nota de agradecimento

Ao Universo por me permitir viver todos os dias em abundância de mim mesma, repleta de paz e equilíbrio. Pelo aniversário em Vênus, pela completude e pelos ciclos que se fecham, dando abertura ao que é novo. Pelo passado que me deu grandes lições de aprendizado e lembranças maravilhosas. Pelos dias de sol, pelas energias positivas, pelas novas chances e tentativas. Pela minha família, meu alicerce, meu valor maior. Pelas amizades, minha melhor parte, que fazem de mim mais forte e que me conhecem melhor do que eu. Pelo amor que sinto, que me mantem firme nos meus propósitos, que não me deixa desistir e que me dá a real dimensão do que é ser feliz. Pela poesia, pelas palavras, pelo silêncio, pela calma, pela dor e pela alegria. Por estar aqui. 

Pela vida, enfim.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Você (por mim e por Chico)

Às vezes me faltam palavras para explicar, então deixo ele cantar. Ouço a voz de Chico antes de dormir, falando baixinho aquilo que desejo fazer você sentir, "eu sou sua menina, viu?" Você é meu rapaz. O mundo é testemunha desse sentimento, "do bem que você me faz". Ele, como homem, conseguiu entender a alma feminina e toda a sua profundidade, as nuances, os paradoxos que não consigo expor por maior que seja a minha sensibilidade. Pego emprestado o seu eu lírico para explicar o meu sentimento. E sua intensidade.  "Se entornaste a nossa sorte pelo chão, se na bagunça do teu coração, meu sangue errou de veia e se perdeu..." Somos apenas um. Você é meu. Minha casa é o seu abraço, onde posso "repousar frouxa, murcha, farta, morta de cansaço". Estamos um no outro feito nó, feito laço. "Feito tatuagem". Saiba você, tão desacreditado de tudo, que se alguém duvidar, "consta nos astros, nos signos, nos búzios(...) garantem os orixás, serás o meu amor, serás a minha paz". E essa declaração é apenas uma das minhas maneiras de viver você, "eu, que te vejo e nem quase respiro". São as palavras que me acolhem se você não está pois "na tua presença, palavras são brutas". Me envolvo em teu corpo, me aninho no teu peito. " Eu, que não digo, mas ardo de desejo, te olho, te guardo, te sigo, te vejo dormir."
Eu te amo. E se nada disso for suficiente para explicar ao mundo esse encontro da gente, digo: simplesmente aconteceu.

 "Porque era ele. Porque era eu."