terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu perdi o jeito de me expressar. Você me roubou, além do fôlego, a capacidade de te pintar com as minhas palavras, poetizando o que eu sinto, transformando tudo em verso.
São só palavras, eu sei. Mas tenho conjugado verbos de ação e de estado. Sentir, tocar, beijar, olhar, morder, brigar, querer, amar. Lembro de Bandeira, elucubrando sobre um tal verbo, teadorar. Teadoro, meu rapaz.

Esgotaram-se as palavras onde agora transbordam sentimentos. Escrever é racionalizar, quando agora...Agora eu tenho sentido. Verbo, substantivo. Eu te sinto. Carrego você sempre comigo.

Nada do que escrevo agora parece tão bonito depois que mirei meus olhos em você. Nada ao meu redor merece tanta atenção ou é tão significativo quanto ter você. 

Dispenso as palavras. Depois de tateá-lo, de andar de mãos dadas, de beijar a tua boca, de rir a tua risada e de ter o prazer diário de viver contigo, digo: nada mais me falta.


(Nada além da falta que você me faz).


domingo, 11 de dezembro de 2011

"Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa." (Clarice Lispector)