segunda-feira, 12 de maio de 2008

Não dá para brincar com felicidade...

...não dá.
Ontem eu tive uma conversa muito boa com um amigo que me fez pensar sobre o que nos faz felizes e como podemos alcançar a felicidade.Acima de tudo, saber que ela existe.
Se durante a nossa vida nós provarmos um pouco da felicidade já é o bastante para viver bem, para fazer com que cada momento seja vivido intensamente.E para que a vida no fim/começo tenha valido a pena.
Felicidade é coisa séria.É algo muito valioso, para ser esquecido.Como uma amiga minha diz:"Cada um de nós chega no mundo com um pote de ouro dentro de si.De que adianta chegarmos no fim da vida com esse pote intacto...?O negócio é dividir para multiplicar.Para ser feliz".
Fazer com que cada segundo que respiramos valha a pena talvez seja meio difícil às vezes, pois a obscuridade dos problemas, quaisquer que sejam, cegam nossos olhos para as coisas boas, fazendo com que tudo pareça uma infindável conspiração do universo contra nós.E não é bem assim...
A questão nessas horas é não ficar sozinho...É ter alguém com quem contar, ter um grande amigo que simplesmente te abrace enquanto você chora ou que te ponha para cima e te levante do poço de amargura.Como isso muda tudo! Não precisamos de alguém que fale: "A vida é perfeita!" ou "Ahh, vai ficar tudo bem!" , "Tem problemas piores do que o teu !"Precisamos de alguém que nos fale a verdade e que te mostre que você é responsável pela tua vida e NINGUÉM tem o direito de se meter nela.Ninguém.Ou então que fique em silêncio...Isso já é de grande ajuda.

MAKE IT COUNT

terça-feira, 6 de maio de 2008

anJÔ

Em 19/02/2008

Ainda acho que é apenas um sonho ruim.Olho para o teto e acredito que logo vou acordar.Infelizmente, nem eu mesma consigo me convencer disso.A certeza da morte abre uma porta de mistérios, de perguntas sem respostas,de sensações desconhecidas,de pensamentos incertos.
E como dói.Conviver com a idéia de que alguém tão querido, simplesmente se foi,não está mais por aqui,nos encantando,nos desafiando e nos amando, como Jordana.A única palavra que consigo empregar para definir tal fato é incoerente. Ela parecia imortal, uma espécie única, um prototótipo de deusa, como na mitologia.Sua beleza e extravagância, sua fortaleza vão fazer falta por aqui.
Talvez isso me abale por esgoísmo.Por não saber lidar com a morte com tamanha proximidade,pelo pavor repentino,pelo choque instantâneo,pela saudade em demasia.Sinto uma explosão por dentro, dúvidas e desencanto seguidas por uma imensa vontade de chorar.
Tento me conformar pensando que esse mundo não se encaixava na imensidão que ela por si só possuía.Um mar cujas leis eram delas, cujo curso ela decidia.Conformo-me em acreditar que o lugar que ela está agora é mais seguro e sereno.E que ela, como sempre, estará ao lado de todos com seu sorriso aberto e coração profundo.Conformo-me em saber que ela era um anjo, e como todos nós sabemos, anjos não são daqui.


À minha pequena amiga Jordana, que foi poetisa e amou a vida.



Jordana Fernandes Sahib. 15/10/1989 - 06/02/2008
P.S.:Hoje faz 3 meses que ela se foi...E eu estou com muita saudade!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Passado(não estou maluca, só não estou bem)

É a primeira vez que escrevo algo direto no blog...sem metáforas ou algo parecido...
Eu não estou muito bem, e às vezes parece que é o mundo rindo da minha cara e me dizendo que as coisas estão e sempre estarão erradas.
Até quando o passado começou a ser tão presente?Começou a ser tão relevante?Por que parece que todo o possível e impossível relacionado às coisas que aconteceram, e que na minha cabeça(apenas na minha cabeça)passaram, sempre voltam, como um fantasma para me assombrar quando tudo está bem?Ou não está, e faz tudo piorar.
Erros...Bom, eu refleti muito sobre eles e pensei que não há um castigo pior para os erros que cometemos do que o fato de que eles ocorreram.No momento que a gente erra,quem tem um mínimo de bom senso se sente mal por ter errado.E essa sensação, por mais que o tempo passe, continua ali.E ninguém tem o direito de apontá-los(sempre volta contra você)
Verdades...Existem coisas que não suportamos saber, mesmo quando sabemos que é certo.Verdades são verdades, temos que aprender a conviver pacificamente com certas verdades.Os nossos defeitos e fraquezas são verdades.Nós temos conhecimento delas.E do nosso jeito tentamos chegar à perfeição.Mesmo que demore um pouco.
Desculpas...Só tenho que concordar que "desculpas nem sempre são sinceras".
Às vezes passamos muito tempo em determinada situação achando que há necessidade de nos conformarmos.Eu sempre bati de frente com isso, porque eu não consigo me conformar.Se há um pingo de qualquer coisa me incomodando eu estarei insatisfeita, por mais que eu queira acreditar que possa mudar.Existe uma diferença sutil entre conformismo e esperança.Uma coisa é ficar parado vendo a vida passar, outra muito diferente é fazer o possível para que isso mude, e quando não há resultados,você acredita como uma forma de não-conformismo.Acredita em resposta a tudo o que não está bom.
E eu tenho acreditado, apesar de doer muito.Apesar de no fim das contas escutar que os seus amigos não são quem você pensa, que a sua família não é o que você pensa, que o seu namorado não é o que você pensa e a pior parte: que você não é o que você pensava.
De qualquer modo, já estou há três dias remoendo tudo isso.Não sei como e se vai passar.O que sobra mesmo é acreditar, como disse Clarice Lispector.Acreditar chorando.